A banalização da vida humana e o aumento da violência na sociedade são questões de caráter mais amplo da própria sociedade, e que inegavelmente, são trazidos para o espaço escolar. E o espaço escolar caracteriza-se como um espaço de diversidade por princípio.

“A escola, como uma instituição pela qual se espera que passem todos os membros da sociedade, coloca-se na posição de ser mais um meio social na vida social dos indivíduos”. (PCNs TEMAS TRANSVERSAIS, 1998, 63).

Sendo assim, o professor é ator que tem papel de grande significância neste palco chamado ESCOLA. Faz-se necessário, segundo o Coletivo de Autores (1992, 26), que ele tenha bem claro, entre outros objetivos: “Quais os valores, a ética e a moral que elege para consolidar através de sua prática? Como articula suas aulas com este projeto maior de homem e de sociedade?”

A Educação Física é uma disciplina que, segundo a LDB (Leis de Diretrizes e Bases), artigo 26, § 3º, “integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica.” Porém, o papel da Educação Física Escolar ultrapassa o processo de ensino-aprendizagem do esporte, ginástica, jogos, atividades rítmicas e expressivas ou a dança, mas inclui também valores e atitudes que os alunos devam ter na participação destas atividades.

Darido e Souza Júnior (2011, 17) afirmam que “mais do que ensinar a fazer, o objetivo é que os alunos obtenham uma contextualização das informações e também que aprendam a se relacionar com os colegas, reconhecendo quais valores estão por trás de tais práticas.”.

E o que deve ser ensinado nas aulas de Educação Física nas turmas de Ensino Fundamental? Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física (PCNs/ Brasil 1998), os conteúdos estão organizados em três blocos: esportes, jogos, lutas e ginásticas, atividades rítmicas e expressivas e conhecimentos sobre o corpo. Os três blocos articulam-se entre si, têm vários conteúdos em comum, mas guardam especificidades. O conteúdo a ser estudado neste trabalho é o Jogo, que representa as coordenações sociais, as normas que as pessoas se submetem para viver em sociedade. Freire (2010, p.107) afirma que “o jogo não representa apenas o vivido, mas também prepara o devir.”.